domingo, 16 de agosto de 2009

*Relato de parto do Leo Johann




Mãe: Ingrid Gollnick Antunes
Bebê: Leo Johann Gollnick Antunes

“ Contudo, tu mesmo me tiraste do ventre; deste-me segurança junto ao seio de minha mãe.
Desde que nasci fui entregue a Ti; desde o ventre materno és o meu Deus”. Salmo 22:9-10

Transcorriam-se já 39 semanas e 5 dias de uma gestação tranquila, regada de amor e expectativa para a chegada do Leo.
Por volta das 23 hs do domingo 12/07 percebi um sinal de que o nascimento se aproximava. Ao ir ao banheiro percebi que estava eliminando o tampão( secreção espessa e opaca ,como um catarro grosso, pode vir acompanhado de estrias de sangue vivo ou coagulado, portanto, pode sair esbranquiçado e espesso, mas pode também ter coloração avermelhada até marrom.)Avisei meu esposo. Estávamos sentindo um misto de emoções, pois é um momento único na vida de um casal, afinal estávamos prestes a nos tornar pais.

Então para não ir antes do tempo para a maternidade,liguei para minha irmã Magridt, que sempre me orientou a respeito do parto normal, ela vibrando(tia coruja) me aconselhou a descansar até o trabalho de parto começar “pra valer” com as contrações. Eu gostei da orientação pois estava uma noite gelada aqui em Curitiba, apesar de eu não sentir muito frio com aquele barrigão

Mas as contrações logo iniciaram, embora bem tímidas, portanto tentei dormir. Porém, por volta das 2 hs da manhã eu já estava tendo contrações de 5 em 5 minutos, apesar de não serem todas com o mesmo intervalo, algumas demoravam mais e outras menos.
Como estávamos na casa da minha mãe, decidimos levantar e ir para a nossa casa, que fica mais próxima da maternidade.

Por volta das 3:30hs estávamos em casa. Meu esposo foi para a cama, e disse para eu também aproveitar dormir um pouco antes de irmos para a maternidade. Mas antes eu peguei todas as bolsas, o bebê-conforto, e deixei pronto em cima do sofá, depois fui comer um pouco. Finalmente fui para a cama, mas a cada contração, eu avisava meu esposo para que ele cronometrasse. Logo as contrações estavam de 3 em 3 minutos, por volta das 6 hs da manhã.
Sendo assim, levantamos e fomos para a maternidade, pois com o intervalo de 3 em 3 minutos já é um tempo bom para estar indo ao encontro do médico.

Na avaliação, o médico constatou que eu já estava de pelo menos uns 6 pra 7 de dilatação, e que já sentia a cabecinha do bebê.
Eu fui andando tranquila para fazer a internação, as enfermeiras que me acompanharam, me acharam tão bem que comentaram que eu devia estar no início do trabalho de parto, quando já estava quase no final. Já eram mais de 7hs da manhã.
Embora eu não achasse necessário, me levaram de maca até o quarto, até que foi legal ir deitadinha.

Em cada contração, eu massageava minhas costas, minha bacia e pensava: “já vai passar”. Então eu não dava importância para aquela dor, mas concentrava meu pensamento em Deus, e sentia que Ele estava cuidando de tudo. Na minha cabeça ressoava uma canção: “ conquista, conquista, como Israel”.
Por volta das 8:hs da manhã o médico chegou, e para minha alegria, Deus preparou este detalhe pois era o Doutor Victor, também pastor na minha igreja. Ele me examinou e ao fazer o toque pediu para as enfermeiras prepararem tudo pois o trabalho de parto já estava na fase do expulsivo. Falei para o doutor que eu estava com vontade de fazer força.
Depois disso foi tudo bem rápido, continuei tranquila como desde o princípio, e fui levada para a sala de parto. Lá encontrei com duas enfermeiras conhecidas minhas, oque tornou o ambiente mais familiar para mim.
Eu estava conversando e rindo, e perguntei se queriam que eu avisasse quando vinha a contração, pois eu sentia a necessidade de fazer força, sentia que o bebê estava quase nascendo.
O doutor então me explicou como funcionaria, que quando viesse a contração eu me apoiaria e faria uma força bem comprida.
Enquanto nos preparávamos o médico comentou com a enfermeira que minha bacia era muito favorável para o parto normal, oque me chamou a atenção, pois sempre fui muito magra e com o quadril estreito, confirmei nesse momento, que esse não seria motivo de atrapalhar o parto normal. Então quando veio a próxima contração eu avisei e o doutor disse “força!”
Segurei nos apoios e fiz força com vontade, sentia necessidade!
Até aquele momento a bolsa não havia rompido, mas então durante a contração ela rompeu, e o médico disse para eu descansar. Nesse momento aplicaram um medicamento intra-venal, e o medico disse que quando eu sentisse a contração forte, eu deveria fazer uma força bem comprida.
Quando senti, respirei fundo e fiz força! Mas foi uma força feita com prazer, e com vontade, não parei até ter a sensação de algo saindo. Era o Léo Johann, lindo e forte com um choro vigoroso!

Leo nasceu menos de 2hs depois de eu ter feito a primeira avaliação, às 8:40 da manhã do dia 13 de julho de 2009, pesando 3.580 Kg, 50cm e com a avaliação do índice apgar 10/10.

Chorei de emoção e alívio por tudo ter corrido tão bem, agradeci a Deus. Depois de uma limpadinha rápida, a enfermeira trouxe o Leo, eu o beijei e cantei a canção que fiz pra ele na gestação. Então o levaram para o banho.

Quando a placenta saiu pedi para o médico me mostrar, e foi legal pois ele me explicou tudo a respeito dela.
Mesmo sendo meu primeiro parto, me mantive calma e confiante durante todo o tempo, deixei Deus tomar o controle de tudo, se fazendo notável até pela equipe médica. O doutor veio conversar comigo depois, dizendo que não teria como o parto ter sido melhor, e que o bebê também teve a melhor avaliação possível. A enfermeira do quarto me disse que o pessoal do centro cirúrgico estava impressionado comigo, e que se todas as grávidas fossem assim calmas tudo seria mais fácil. E eu disse que é muito bom quando podemos fazer a diferença.

Agradeço a Deus por essa experiência maravilhosa e natural. Pela paz que excede todo entendimento, que só Ele poderia produzir em mim, e por tudo ter sido tão lindo e espontâneo. E a todos que estiveram comigo em corações,orações e pensamento. Todos os meus amados familiares, amigos, esposo. Amo a todos!

O Léo é um presente de Deus para as nossas vidas!

Com amor e gratidão
Ingrid G. Antunes, mamãe do Léo Johann

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