sábado, 24 de abril de 2010

Relato de Parto do Matheo (parte II)


Seguindo os dias...
Em março de 2009 quando eu estava grávida de 9 semanas, comecei a sentir um mal estar.

A principio achamos ser um resfriado ou gripe, pelo menos os sintomas eram parecidos: febre, tosse, dor no corpo, fraqueza.
Os dias foram passando e eu esperando que aquilo melhorasse por si só.
No domingo véspera do meu aniversário, eu estava me sentindo muito fraca, passei o dia deitada no sofá, sentindo calafrios. Em pleno calor de março, eu sentia muito frio, me agasalhava, me cobria com o edredom, e logo sentia muito calor, tinha que arrancar rápido tudo aquilo de cima de mim. A noite fiquei pior, mas a gota d'agua, foi quando comecei a sentir falta de ar. Derrepente estava muito difícil para respirar, e se falta oxigênio para a gestante, falta para o bebê também, e isso eu não podia permitir, fomos direto para o hospital.
Depois da avaliação, me encaminharam para o raio-x dos pulmões, quando o médico olhou estava lá: uma mancha enorme no pulmão esquerdo e um início de mancha no direito, era Pneumonia!
Não pude mais voltar para casa naquele dia. Passei meu aniversário internada, só eu e o bebezinho na barriga.
Foram uns nove dias de internamento entre hospitalar e internamento domiciliar. Tomando muitos medicamentos, antibiótico intravenal, inalação, eu só orava que tudo aquilo não prejudicasse o bebê.
Quando ganhei alta, fui fazer o pré-natal, levei o prontuário para o ginecologista saber o que se passou com minha saúde nos últimos dias. Ele deu uma olhada rápida meio por cima e começou com uma ladainha que acabou com a minha semana. Disse que eu não poderia ter contraído pneumonia naquele momento, pois a gestação era muito recente e o bebê muito novinho para suportar a medicação, raio-x e todo tratamento que eu tive que me submeter, e que eu deveria me tratar mesmo, pois pneumonia mata, e não adiantaria de nada eu querer poupar o bebê e morrer... Me examinou e disse que era muito difícil eu ainda estar grávida. Me encaminhou para uma ultra-sonografia obstétrica para confirmar a gravidez, mas marcou para sete dias depois daquela consulta. Saí arrasada do consultório.
Foi uma das piores semanas daquele ano, uma semana de angustia e espera, para fazer aquele ultrasom. Quase não conseguia dormir, pensando como seria se eu realmente tivesse perdido novamente um bebê. Eu não saberia o que pensar, não saberia o que fazer, não saberia como recomeçar.
Finalmente chegou a data marcada, e o Michel foi comigo. Eu estava muito nervosa, angustiada, em pé naquela fila do atendimento, me apoiava no Michel, para literalmente não cair. Temia ver meu ventre vazio na ultrassom...  Fiquei desesperada, um nó na garganta... comecei a chorar. Pedi para o Michel me tirar dalí, eu não queria mais fazer o exame, não suportaria aquela dor.
Mesmo hesitando havia chegado a minha vez de ser atendida. Explicamos a situação para o médico, que sem demora começou o ultrassom, e assim que ele colocou o aparelho em minha barriga, qual foi a feliz surpresa senão algo se mexendo ativamente dentro daquela pequena bolsa gestacional em meu ventre: o bebezinho, estava alí, não só vivo mas perfeito!
Saímos dalí flutuantes, radiantes, como quem recebe um milagre, como quem vê um anjo... o nosso anjinho!
Com quinze semanas, fui a Curitiba visitar minha mãe, e ganhamos de presente da vovó uma ultrasom para ver o sexo do bebê, e que alegria em descobrir: mais um príncipe a caminho!
Seguimos gratos a Deus, felizes nos meses que se avizinharam.

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