terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tipos de Parto

Parto Domiciliar-Escolher o local do parto é um direito e uma opção da mulher e responsabilidade da família. Parir dessa forma é seguro e perfeitamente viável, quando a mulher sente em seu coração que este é o melhor caminho para ela e para seu bebê.
A família, reunida em seu próprio meio, vive junto uma experiência maravilhosa, que marca a existência e tece ligações entre seus membros para sempre. O parto em casa preenche de maneira particular as necessidades psicológicas e sociais. Permite a participação e a presença ativa do pai ou companheiro, não como mero espectador, mas como agente construtor do nascimento do seu filho. A liberdade que a casa proporciona ao casal durante o trabalho de parto e parto permite a ele reencontrar o verdadeiro sentido desse acontecimento e realizá-lo da forma que mais lhe convém.
Em casa tudo é planejado com antecedência e nos mínimos detalhes: o ambiente, o material necessário, a preparação conjunta da mulher, do companheiro, do bebê, do atendente e de outras pessoas do círculo de parentesco ou amizade que podem também estar envolvidas nesse processo.
A equipe tem consciência de que hoje em dia, por diversos fatores, nem todo parto é aconselhável acontecer em domicílio. Por isso, incentivamos um parto domiciliar seguro e assistido por profissional responsável que possa identificar situações de verdadeira urgência e que saiba lidar com as mesmas. O parto domiciliar respeita o corpo e os desejos da mulher. Resgatar a atmosfera acolhedora do lar – onde ela se sente confiante e a vontade – como facilitadora de um ótimo progresso do trabalho de parto.  Sabe-se que, quando a mulher se sente segura, desinibida e relaxada, os hormônios envolvidos no parto fluem melhor. Isto se traduz em segurança e saúde para mãe e o bebê.Partos domiciliares são indicados para gestações de baixo risco entre 37 e 42 semanas de gravidez, para os casais que desejam uma vivência plena, em ambiente tranqüilo, no momento do parto. Além disso, a gestante deve ter um acompanhamento pré-natal com profissional médico especializado.No parto domiciliar se tem um parto ativo, consciente, onde a mulher é quem escolhe a posição mais favorável para vivenciar o parto, caminha, fica de pé, se alimenta, descansa - tudo há seu tempo, porém com o acompanhamento de profissionais que garantirão a segurança da mãe e do bebê durante todo o trabalho de parto.

Parto Natural - Desde os anos 80, com a popularização das questões ecológicas, e com os movimentos de resgate de uma vida mais saudável, natural e espiritualizada, muitas mulheres passaram a optar pelo "Parto Natural", sem intervenções, sem anestesia e domiciliar em muitos casos. No entanto o termo "Parto Natural" muitas vezes tem sido utilizado como sinônimo de "Parto Vaginal", o que nem sempre é verdadeiro. Um parto vaginal com episiotomia, rompimento artificial da bolsa d'água, aceleração com soro, anestesia, raspagem dos pêlos, entre outras intervenções, não pode ser classificado com o nome de "Parto Natural".

Parto Normal Humanizado - A humanização do parto  significa o respeito à fisiologia do parto e à mulher.Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades.  O profissional que atende o parto deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível. Nesse tipo de parto a presença do marido/companheiro ou acompanhante se faz garantida. A gestante é estimulada e incentivada a se movimentar mais durante as contrações, podendo mudar de posição, e até escolher a posição mais adequada para dar a luz.  Porém, em ambiente hospitalar o parto humanizado não pode ultrapassar a barreira da rotina da instituição, ou seja, se a mulher pode até querer caminhar no trabalho de parto, mas, se não há espaço no centro obstétrico, dificilmente ela será incentivada a sair do setor para satisfazer sua vontade. O correto significado de parto humanizado deveria ser : "o atendimento centrado na mulher". Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São as decisões informadas e baseadas em evidências científicas.

Parto Vertical – Cócoras, Cócoras sustentada ou Sentada- Muito utilizado por índias e povos nativos de todo o mundo, esse tipo de parto acontece quando a mulher decide usar a força da gravidade a seu favor no momento do parto. A mulher fica na posição vertical, cócoras ou sentada, no momento da saída do bebê. Ela pode ficar de cócoras sozinha, apoiar na cama, numa cadeira, sustentada por uma ou duas pessoas (adotando a posição quase de pé). Também pode ficar sentada num lugar baixo, por exemplo, o banco de cócoras e ser sustentada, por trás, por outra pessoa que pode ser seu companheiro, mãe, amiga, que a segure pelas axilas.A posição de cócoras que permite uma maior abertura dos diâmetros internos da pelve, facilitando assim a descida e rotação da cabeça do bebê. É geralmente um parto mais rápido do que o parto na posição tradicional. A mulher não precisa fazer força para a saída do bebê, a própria força da gravidade favorece a descida do bebê. Onde havia liberdade para movimentação das mulheres, o "Parto de Cócoras" ganhou terreno, por ser mais rápido, mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, pois não se produzia mais a compressão de importantes vasos sanguíneos, o que acontece com a mulher deitada de costas. No Brasil o Dr. Moysés Paciornik estudou comunidades indígenas e resgatou o parto verticalizado. Criou com seu filho Dr. Cláudio Paciornik uma cadeira para ser usada em hospitais, que permitia várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Embora não haja necessidade de cadeiras especiais para que a mulher assuma essa posição, muitos profissionais afirmam que não fazem partos de cócoras porque no hospital não existe "a cadeira para parto de cócoras" à disposição. 

Posição Ajoelhada ou Genupeitoral- Na posição ajoelhada, basta a mãe ficar de joelhos e deixá-los separados. Nessa posição a mulher pode ver o nascimento de seu filho, além de segura-lo no momento do parto e trazê-lo direto para seu peito. Genupeitoral é a posição em Que a mulher fica em quatro apoios. É  muito indicada para aumentar o fluxo sanguíneo da mãe e do bebê, pois não comprime os grandes vasos que levam e trazem o sangue para a placenta, aumentando a oxigenação o bebê dentro da barriga e promovendo maior conforto para a mãe.

Parto na Água- Na França, na cidade de Pithiviers, Michel Odent, entre várias inovações dignas de mérito, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes. De lá para cá, o "Parto na Água" tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Nas maternidades européias as banheiras são oferecidas às parturientes tanto para o alívio das dores do trabalho de parto, como para o parto em si. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor. No Brasil pouquíssimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente. A imersão na água pode acelerar o trabalho de parto, aumentar o controle materno sobre o ambiente do parto, resultar em menor traumatismo do períneo e menor necessidade de intervenções em geral e introduzir o bebê no mundo com suavidade. Para as mulheres que optarem em ter um parto dentro da água, o ideal é que a piscina ou banheira seja grande o bastante para permitir que a gestante adote qualquer posição e que seja funda o bastante para permitir a imersão completa. Não deve ser excessivamente grande, pois exigiria muito tempo para encher. A água deve ser constantemente controlada e conservada à temperatura do corpo. Ao entrar na piscina, muitas vezes a mulher dá um grande suspiro, expressando alívio e bem-estar. A mulher tende a romper contato com o mundo. O bebê nasce dentro d’água e deve ser trazido suavemente para a superfície, sem afobação e logo é colocado no colo da mãe. A saída da placenta deve ocorrer fora d’água, por isso mulher e o recém-nascido devem ser removidos para um local seco minutos após o nascimento.

Parto Sem Dor- O termo "Parto Sem Dor" tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outas. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem o sofrimento causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth. No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio a dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidos e utilizados antes de serem aplicados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.
A cesariana não foi citada porque Cesárea não é parto, é cirurgia.
                                                                                                 
FONTE: amigas do parto, hanami

domingo, 4 de setembro de 2011

Roda de Mães no Reino - 03/09




                     

Para começar o encontro cada uma quis contar descobertas que fizeram na busca pelo parto normal, tais como novos contatos de possíveis médicos humanizados,médicos não indicados pelo histórico cesarista, planos e convênios médicos, hospitais, enfim, resultado de conversas e dúvidas levantadas em encontros passados.


Recebemos a visita de uma nova participante a  Natilele que tirou duvidas sobre indicação de cesarea após a data provável de parto por falta de dilatação. Explicamos que o único fator que pode ou deve determinar a retirada do bebe por cirurgia são as indicacoes reais para cesariana( placenta prévia, bebê atravessado, herpes genital com lesão ativa,e aids), ou o sofrimento fetal comprovado pela auscuta.


Finalizamos a segunda parte do tema Tipos de Parto, e para encerrar assistimos videozinhos parto consciente e birth 8 found.


Participaram do encontro Rosangela, Ana Paula, Vanessa, Irene e baby Michael, Natiele e Daiana.

Os encontros são gratuitos!
Para participar entre em contato pelo telefone (47)3333-9821 e se informe sobre a data do próximo encontro, ou através do email magridt_@hotmail.com 
Realizamos os encontros na rua Curitiba, 76,Tapajós.
Sala cedida pela IEQ Indaial.
Mães, futuras mães e mulheres em geral são bem vidas!!!



sábado, 3 de setembro de 2011

Roda de Mães no Reino - 27/08

  Nesse encontro recapitulamos alguns assuntos tratados em encontros anteriores, e esclarecemos novas duvidas trazidas pelo grupo.




Fizemos a introdução do tema Tipos de Parto, mas como sempre a conversa foi longe e não conseguimos concluir o assunto, mas conversando aprendemos muito!


Por esquecimento, infelizmente fico devendo mais uma vez fotos do encontro, no próximo prometo que tirarei .


Participaram do encontro Ana Paula, Rosangela, Irene e o pequeno Michael, Daiana, Vanessa e Rose.

Os encontros são gratuitos!
Para participar entre em contato pelo telefone (47)3333-9821 e se informe sobre a data do próximo encontro, ou através do email magridt_@hotmail.com 
Realizamos os encontros na rua Curitiba, 76,Tapajós.
Sala cedida pela IEQ Indaial.
Mães, futuras mães e mulheres em geral são bem vidas!!!

Cesárea


                            

Nem uma folha cai sem que seja da vontade de Deus, e foi vontade de Deus inspirar a medicina a criar essa operação cesariana para salvar vidas. A medicina é uma benção e Deus usa as mãos dos médicos. Apesar do nascimento ser algo natural e fisiológico, existe uma minoria de casos onde pode haver um risco de vida para mãe e bebê, e é aí que entra a intervenção médica na forma da cesariana.
Vamos descobrir porque existe e para que serve a cesariana?

A cesárea é uma cirurgia de grande porte, onde corta-se 7 camadas da barriga. É uma tecnologia criada originalmente para ser usada somente quando houver risco de vida para o bebê ou para a mãe. A cesárea é uma operação criada para salvar vidas em risco. Acontece que muitas cesarianas realizadas em todo o mundo são desnecessárias.
A cesariana provoca sempre um trauma no organismo da mulher, maior que o causado por um parto normal. O abdômen foi cortado, a musculatura foi afastada de seu lugar e a cavidade abdominal invadida. Tudo isso provoca acúmulo de gases, dores, menor movimentação intestinal e uma recuperação pós-parto mais lenta. Outro risco da cesariana é interromper uma gravidez que ainda não chegou ao fim. O que é criticado pelo Conselho Federal de Medicina não é cesariana em si, mas a sua prática desnecessária. Esse tipo de cirurgia deve ser usado apenas para salvar vidas!
De acordo com a OMS, a taxa ideal de partos cesáreos deve ficar em torno de 7 a 10%, não ultrapassando 15%. Entretanto, nos últimos 37 anos testemunhamos uma "epidemia mundial" de cesarianas. Na Holanda, essa proporção é de 14%, nos Estados Unidos 26%, no México 34% e no Chile 40%. Isso ocorre em parte porque a cesariana passou a ser aceita culturalmente como um modo normal de dar à luz um bebê. As repercussões desse comportamento são bastante sérias e, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), as cesáreas acarretam quatro vezes mais risco de infecção pós-parto, três vezes mais risco de mortalidade e morbidade materna, aumento dos riscos de prematuridade e mortalidade neonatal, recuperação mais difícil da mãe, maior período de separação entre mãe/bebê com retardo do início da amamentação e elevação de gastos para o sistema de saúde.

Referência:
º Wikimedia Commons


Segue informações importantes sobre parto cesárea:

Motivos reais para um parto cesária. Quando a cesárea é imprescindível e deve ser agendada?
- Se a mãe tem herpes genital, com uma lesão ativa até um mês antes do parto. É possível prevenir as lesões com medicamentos durante a gravidez.
- Quando a placenta cobre o colo do útero, impedindo a saída do bebê, o que é chamado de placenta prévia. O diagnóstico só pode ser feito na 30a semana e a cirurgia é agendada antes de o trabalho de parto ter início, para não haver risco de sangramento.
- Em alguns casos raros de doenças cardíacas.
- Se o bebê está atravessado. Mas, antes, o médico pode tentar ajudá-lo a ficar na posição correta.
- Caso a mãe tenha aids e a carga viral for alta ou desconhecida.

Casos para estudar em conjunto com o médico
- Se o bebê estiver sentado e a mulher já tiver feito parto normal antes.
- Quando foram feitas duas ou mais cesáreas anteriores.
- Caso a mulher apresente defeitos na bacia.
- Se a criança está frágil demais, ou seja, se há retardo do crescimento.
- No caso de o trabalho de parto parar de progredir. Mesmo assim, há recursos para estimular a continuidade, como um hormônio chamado ocitocina.
- Se há alteração na circulação do sangue entre mãe e bebê.
- Pressão alta na gravidez (acima de 13 por 9).

Quando se descobre a necessidade de uma cesárea depois de iniciado o trabalho de parto?
- Em casos de descolamento prematuro da placenta.
- Quando a cabeça do bebê é grande demais para a abertura da pelve da mãe, o que só é diagnosticado após todo o processo de dilatação se completar (10 centímetros). "Muitas mães com bebês até 4 quilos têm bacias que conseguem dar-lhes passagem", diz a obstetra Andrea Campos. "A desproporção acontece em menos de 5% dos casos."
- Em casos de prolapso de cordão, quando ele penetra no canal de parto antes do bebê.
- Se há sofrimento fetal agudo (o bebê tem redução drástica no fluxo de oxigênio
ou nos batimentos cardíacos). Acontece apenas em torno de 1% dos casos.

Quais os casos que são só desculpa para cesária?
- Falta de dilatação. Pode ocorrer por um distúrbio raro no colo do útero, mas, na maioria das vezes, se não dilatou, é porque não chegou a hora.
- Quando a mulher tem mais de 35 anos e é seu primeiro filho ou é adolescente.
- Se a mulher teve uma cesárea anterior.
- Trabalho de parto demorado. As contrações podem durar dias, mas só com mais de 3 centímetros de dilatação caracteriza-se trabalho de parto. O que leva de 8 a 18 horas.
- Bacia estreita (em geral, a mulher já descobriu a alteração antes de engravidar).
-Bebê muito grande. Só são considerados grandes demais os bebês com mais de 4,5 quilos.
-A mulher tem verrugas genitais, mioma ou HPV (a não ser que obstruam a passagem do bebê).

Fonte: www.e-familynet.com




Dra Melania Amorim lista mais algumas das mais frequentes desculpas para se fazer cesareas 


1. Cordao enrolado no pescoco do bebe ou circular de cordão, uma, duas ou três “voltas” (campeoníssima – essa conta com a cumplicidade dos ultra-sonografistas e o diagnóstico do número de voltas é absolutamente nebuloso)
2. Pressão alta 
3. Pressão baixa
4. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto
5. Diagnóstico de desproporção céfalo-pélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto; Desproporção céfalo-pélvica sem trabalho de parto – já dizia Barbour que o melhor pelvímetro é a cabeça fetal. Distocia (do grego dis=difícil, tokos=parto) significa, literalmente, parto difícil. As distocias, por definição e semântica, só podem ser identificadas durante o trabalho de parto.
6. Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe); Se o trabalho de parto não se desencadeia e se opta por indução (não vou discutir o tempo porque é outra polêmica), e esta não tem sucesso ou ocorre qualquer indicação de cesárea durante o trabalho de parto, a indicação não é a bolsa rota, e sim a intercorrência obstétrica ou a falha de indução.

7. “Passou do tempo” - Diagnóstico bastante impreciso que envolve aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas); Continuo insistindo que andam abusando desse diagnóstico. Tenho vários relatos de caso de cesáreas marcadas em pacientes com 40 semanas por esse motivo. Mas, independente, se a indução falha após 41 ou 42 semanas (aliás, que raio de indução é essa que falha tanto?), a indicação da cesárea NÃO é gestação prolongada, e sim falha de indução.
8. “Trabalho de parto prematuro” – o prematuro em apresentação pélvica realmente irá se beneficiar com a operação cesariana (menor risco de tocotraumatismos). O parto vaginal é perfeitamente possível, e até beneficia os prematuros em apresentação cefálica, com todos os cuidados, claro, o mínimo de intervenções, não romper a bolsa etc. A incidência de desconforto respiratório é maior em bebês nascidos de cesárea.
9. Grumos no líquido amniótico
10. Hemorróidas
11. HPV - Condilomas obstruindo o canal de parto – realmente se existirem SÃO indicação de cesárea, mas são raríssimos, e quando eu cito o HPV é porque estão indicando cesárea mesmo sem condiloma.
12. Placenta grau III
13. Qualquer grau de placenta
14. Incisura nas artérias uterinas (aliás, pra quê Doppler em uma gravidez normal?)
15. Aceleração dos batimentos fetais
16. Cálculo renal
17. Dorso à direita
18. Baixa estatura materna
19. Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso
20. Obesidade materna
21. Gastroplastia prévia (parece que, em relação ao peso materno, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come)
22. “Bebês grandes demais” – macrossomia, de acordo com a literatura, só é indicação para cesárea em recém-nascidos com mais de 4.500g FILHOS DE MÃES DIABÉTICAS. Macrossômicos constitucionais não têm risco aumentado de distocia de ombro.
23. Bebê “pequeno demais”
24. Cesárea anterior – as chances de um parto vaginal variam entre 60% e 85%, de acordo com a literatura. Não é per se indicação para cesárea. Flamm descreveu uma taxa de 70% de sucesso de parto vaginal em pacientes com duas cesáreas anteriores. Os trabalhos mais recentes têm clamado por mais cautela com a "prova de trabalho de parto", mas o risco absoluto de ruptura uterina é muito baixo (Guise et al., 2005).
25. Plaquetas baixas
26. Chlamydia, mycoplasma, ureaplasma, e aproveitando a ocasião, Streptococcus b-haemolyticus do grupo B NÃO são indicação de cesárea.
27. Problemas oftalmológicos, incluindo miopia e descolamento da retina
28. Edema de membros inferiores/edema generalizado
29. “Falta de dilatação” antes do trabalho de parto
30. Gravidez super-desejada (motivo pelo qual os bebês de proveta aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal)
31. Gravidez não desejada
32. Idade materna “avançada” (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos)
33. Adolescência
34. Prolapso de valva mitral
35. Cardiopatia (o melhor parto para as cardiopatas é o vaginal)
36. Diabetes - Pode ser motivo para interrupção da gravidez, realmente, mas não para a cesárea. A indicação da cesárea será obstétrica (falha da indução, contra-indicações ao parto vaginal etc.).
37. Bacia “muito estreita” 
38. Mioma uterino
39. Parto “prolongado” ou período expulsivo “prolongado” (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra)
40. “Pouco líquido”
41. Artéria umbilical única
42. Ameaça de chuva/temporal na cidade
43. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência no Rio de Janeiro
44. Fratura de cóccix em algum momento da vida Fratura no cóccix
45. Conização prévia do colo uterino
46. Eletrocauterização prévia do colo uterino - Se por acaso tiver ocorrido estenose cervical que impeça a dilatação, esta só poderá ser diagnosticada durante o trabalho de parto, o simples antecedente de eletrocauterização não pode indicar a cesárea.
47. Varizes na vagina
48. Constipação (prisão de ventre)
49. Excesso de líquido amniótico
50. Anemia
51. Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas
52. Toxoplasmose.

Roda de Mães no Reino - 06/08

 Em nosso quarto encontro discutimos o porque da cesariana existir e para que ela serve, ou seja, os motivos reais para um parto cesárea. Também expomos quais são os casos que são só desculpa para se fazer a cesárea



Cada uma expôs suas duvidas e ponto de vista, com relação as altas taxas de cesariana eletiva(marcadas  a pedido ou recomendadas e agendadas sem qualquer indicação clínica). Enumeramos soluções possíveis a nível pessoal -como por exemplo tardar ao máximo a ida a maternidade- para se evitar a cesariana, já que mudar o sistema medico atual tem sido uma grande luta, temos que buscar maneiras de  dribla-lo.
Assistimos o video super esclarecedor  PARTEJAR  que desmistifica argumentos utilizados por vários médicos para a realização de cesarianas como também, divulga os benefícios do parto natural e parto humanizado.


Participaram do encontro Ana Paula, Rosangela, Irene, Daiana e Vanessa.


Os encontros são gratuitos!
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Porque o trabalho de parto é lento mas necessário?


Dentro do útero, o corpo do bebê está dobrado e tenso. Cada contração materna é importante para que ele se desdobre e seja empurrado na direção correta. No trajeto, vai sendo modelado para passar por um canal que tem a forma de um cilindro. A mãe faz força e ajuda o filho. Ele, por sua vez, é ativo e executa uma série de movimentos: vira, fecha os braços, gira a cabeça para se adaptar à saída. E isso não é só. O bebê tem de sair do meio líquido, onde está adaptado, para outro aéreo e diverso. Por isso ele precisa de todo o período do trabalho de parto - nem mais, nem menos - para chegar ao mundo em boas condições. Como cada criança é única, cada trabalho de parto é diferente, podendo durar de 8 a 12 horas ou até mais, na primeira vez.
Nascer é um processo lento e, antes de tudo, determinado pela criança. Os cientistas acreditam que certas substâncias, denominadas mediadores bioquímicos, possivelmente fabricadas no pulmão do nenê, emitem uma mensagem para a mãe de que ele está maduro para nascer. Só que há um longo caminho a percorrer. Para que se tenha uma idéia, os pulmões do bebê, lá dentro do útero, se parecem com uma esponja amassada e molhada. "Durante o trajeto, eles são comprimidos mecanicamente para expelir o líquido amniótico. E mais: sabe-se que os mediadores bioquímicos, liberados durante o trabalho de parto, vão literalmente enxugando setores dos pulmões, preparando-os para se abrir, expandir e funcionar sozinhos", explica o pediatra Gabriel Ventura, do Hospital da Universidade de São Paulo. Entendeu agora por que o trabalho de parto é lento? E por que não é conveniente para o bebê nascer de forma abrupta? Ou seja ser arrancado do útero de uma hora para outra?



Referência:
° meunene.uol.com.br

imagem:
bbel
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