quarta-feira, 25 de maio de 2016

De menina para menina: Missões de uma jovem solteira.





Olá, falo especialmente à você menina, moça, jovem...O Senhor deseja nos usar de maneiras diferentes ao longo de nossa vida. Quando somos jovens solteiras Deus tem a oportunidade de nos usar de uma forma “explosiva”, pois somos destemidas, sonhadoras, fortes, desbravadoras e nada nos impede de ultrapassarmos barreiras e fronteiras pelo Reino de Deus.

"Jovens, Eu vos escrevi porque sois fortes e guardais a fé.” (I João 2, 14)
Me converti no final da adolescência...Era madrugada véspera de Páscoa e eu estava lendo uma literatura cristã em meu quarto quando tive um encontro real com Cristo que mudou minha vida. 

Então iniciei minha caminhada com Ele e desde o primeiro dia o Espirito Santo me impulsionava a viver em fé e obras. Na juventude Deus nos concede tempo e vigor e espera de nós inteira dedicação à sua obra, assim como diz a Palavra: “a jovem solteira está ansiosa por agradar o Senhor em tudo quanto ela é e faz, tanto no corpo como no espírito, ela CUIDA DAS COISAS DO SENHOR para ser santa”(1Corintios 7.34)... eu louvo ao Senhor por essa fase maravilhosa de minha vida onde aproveitei toda a liberdade e disposição de moça solteira para fluir nas obras de Deus. 
Hoje sou esposa e mamãe, e vivo agora as maravilhosas missões desta fase de minha vida. Mas gostaria de compartilhar um pouco daquilo que vivi em minhas missões cotidianas na fase de solteira. 


Bem, como disse, a missão que vivi era do tipo “cotidiana e local”, coisas do dia-a-dia, nada que me levasse exatamente aos “confins da terra”, mas mesmo assim representavam para mim, grandes e especiais peripécias vividas em nome do amor e de Cristo. 
Isso incluía dias de fazer visita ao presídio da minha cidade junto à outros jovens, para conversar sobre Jesus com os presos. Eram momentos incríveis! Levávamos violão para louvar, conversávamos... Eles eram receptivos à Palavra, e para retribuir a visita recebia deles de presente lindos desenhos bíblicos. Tenho-os guardado até hoje. Lembro com alegria que um dos detentos quando saiu da cadeia, foi participar de um culto antes de voltar para a sua cidade.
Eu também gostava muito de passar o dia distribuindo alimentos e roupas para os meninos de rua e desabrigados da cidade de Curitiba. Saía de madrugada de minha casa carregando as sacolas cheias e fazia várias conexões de ônibus até chegar ao destino. 
Eu era ainda uma menina e as sacolas eram pesadas, chegavam a machucar minhas mãos, mas nada disso passava por meu pensamento quando o desejo de chegar ao destino era muito maior. No centro da cidade de Curitiba, vivem muitos meninos de rua e mendigos, e eu tentava ajudar tantos quanto eu podia. Sentia uma compaixão, um amor enorme por aquelas crianças dormindo em papelões nas calçadas. Aproximava-me e deixava pertinho deles um sanduiche ou marmita para que quando acordassem tivessem algo para se alimentar, também deixava uma peça de roupa para eles. Ficava feliz tentando imaginar a expressão deles ao acordar e ver a surpresa <3. O mesmo eu fazia com os adultos que geralmente já estavam acordados, aqueles velhinhos moradores de rua com barba longa e roupas gastas tinham sempre um sorriso tão lindo ao falar: “Obrigado minha filha, Deus te abençoe”. E para mim esses eram dias tão cheios da presença de Deus, sentia Ele em cada olhar, em cada sorriso em cada palavra, em cada um daqueles “pequenos”. 


Depois disso eu tomava meu caminho de volta para casa, em silêncio e com um sorriso no coração. É engraçado, mas Mateus 6 .3 havia cravado em meu coração desde a primeira vez que lí essa passagem “ Não conte à sua mão esquerda aquilo que a sua mão direita está fazendo. E o seu Pai, que conhece todos os segredos, recompensará você.” então eu descia do ônibus em frente à minha casa e tudo sobre aquele dia ficava entre eu e Deus. Eu sabia que Ele havia estado comigo e em cada um daqueles meus semelhantes moradores de rua, então, nada que eu tenha feito por amor a Ele e ao próximo precisava ser revelado. Eram apenas tarefas tão simples, tão normais, nada mais que minha obrigação como jovem cristã, e eu as fazia de todo o coração. 


Sim, foi uma caminhada maravilhosa desde a conversão tendo como companheiro de viajem meu querido Senhor, até que finalmente o Espírito Santo determinou que fosse o tempo de conhecer uma nova família, a família na fé. E foi na igreja que descobri todo um universo de novidades. Descobri que não estava sozinha naquela jornada, mas que como filha de Deus eu fazia parte de um grande exército chamado Corpo de Cristo, e como exército poderíamos fazer muito mais pela implantação do Reino de Deus. 


Imediatamente me coloquei a disposição daquela nova família, para ajudar naquilo que fosse necessário, não importava muito onde fosse ou como, o importante era servir. 


E quem disse que ajudar no corpo de Cristo, auxiliar nas atividades da igreja não é missão? Passei a me dedicar ao voluntariado na igreja, colaborando com os ministérios. Creio ter ajudado um pouquinho em cada um dos ministérios (rsrs), nem sempre eram trabalhos ou funções que tinham haver com meus dons e talentos, mas sendo eu uma jovem cheia de ânimo e disposição porque não ajudaria onde fosse preciso? "Viu a necessidade, atenda!" 


E foi assim dentro da igreja, entretida em meio à obra, que o Senhor me fez uma surpresa, me apresentou o homem escolhido por Ele para a minha vida. Casei! E logo percebi que junto ao casamento uma nova fase linda e muito diferente estava começando em minha vida. Uma transição daquela jovem solteira e suas peripécias para a mulher casada e auxiliadora. 

Bem, jovens meninas este relato não é sobre mim, ou sobre meu mundo, é uma declaração sobre a glória que Deus pode receber através da vida de cada uma de vocês. Quero encorajá-las, na sua caminhada com Deus, a direcionar o olhar mais para Cristo e somente à Ele. Seja cheia do Espirito Santo para viver dia após dia a sua missão como filha amada dEle. 

Meu conselho a vocês: Use essa fase de sua vida para crescer e amadurecer em Deus, desenvolva uma historia com Ele, busque conhece-lo! Direcione toda a sua vontade de viver, toda força e vigor para ser uma arma poderosa nas mãos de Deus. Viva o “Ide” onde o Senhor te conduzir, nos confins da terra ou mesmo que Ele te leve somente até aquela família carente da sua rua ou até o orfanato da sua cidade. Talvez seu “ide” seja apresentar Jesus a uma colega da escola... Acredite, levar Jesus até o próximo, é uma experiência para guardar no coração por toda a vida! 


Seja obediente, honre seus pais, seus líderes, professores. A submissão que é aprendida desde cedo na casa dos pais transforma-se em benção futuramente no casamento. Enfim, estes são alguns bons conselhos de coisas que deram certo em minha vida, mas a acima de tudo desejo que o conselho de Deus para este tempo de sua vida fique cravado em seu coração: “ jovem solteira permaneça ansiosa por agradar o Senhor em tudo quanto é e faz, tanto no corpo como no espírito, CUIDE DAS COISAS DO SENHOR para ser santa”(1Corintios 7.34) 


Um grande beijo e que o Senhor seja contigo!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Os Deveres dos Maridos




Tanto o homem como a mulher receberam de Deus atribuições para a vida familiar – algumas iguais, algumas diferentes. Por exemplo, ao criar a mulher para ser uma ajudadora do seu marido (Gn 2.18), o Pai Celeste definiu o papel do homem como cabeça (ou governo) do lar; e é justamente por este aspecto que queremos começar abordando os deveres do marido.

Também encontramos nas Escrituras ordens claras sobre a responsabilidade do marido de amar (honrar) sua esposa (Ef 5.25) e, o que separamos como um papel ainda distinto, ser amante (físico) de sua mulher (1 Co 7.3-5). Entendemos ainda que, quando criou o homem e o estabeleceu no Éden, o Senhor deu-lhe duas distintas funções: lavrar e guardar o jardim (Gn 2.15). Logo, mesmo antes de criar a mulher e estabelecer a família (que já existiam em seu propósito eterno), o Criador definiu o papel do homem como provedor e protetor de sua futura família.

Portanto, os cinco principais deveres do marido – de procurar agradar e fazer feliz sua mulher, são:

1. Ser o cabeça do lar;


2. Amar sua esposa;


3. Ser amante (sexual) de sua esposa;


4. Ser provedor;


5. Ser protetor.


O MARIDO DEVE SER O CABEÇA DO LAR

Alguns homens, erroneamente interpretam sua função de cabeça do lar como uma posição em que os outros (principalmente sua própria esposa) devem reconhecê-lo. Mas quando falamos dos deveres dos maridos, queremos enfatizar o papel que ele, o homem da casa, deve cumprir.

É lógico que parte dos deveres da esposa é reconhecer e submeter-se a esta posição do marido, mas há alguns homens que querem que outros reconheçam neles um encargo que eles mesmo nunca assumiram! A negligência de muitos esposos “empurram” suas mulheres a assumirem deveres e funções que não pertencem a elas, e no fim muitos deles ainda reclamam de alguém ter “usurpado” sua posição! Portanto, repito, o propósito deste ensino é ajudar os maridos a entenderem o que eles precisam fazer quanto à responsabilidade de governo que lhes foi dada pelo Senhor.

“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. (1 Coríntios 11.3)

A importância do assunto é destacada na expressão usada pelo apóstolo: “quero que saibais que”… Não podemos ignorar os princípios divinos para o funcionamento da família! E um deles é o homem como governo de seu lar:

“Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo”. (Efésios 5.23)

É claro que assumir a função de cabeça do lar também exigirá que o marido venha a saber COMO fazer isto. Falaremos sobre esta questão depois de definir qual é o nível de autoridade que o Senhor determinou que o homem exercesse em sua própria casa.

Qual é a autoridade do marido sobre a sua esposa?

Há uma verdade bíblica que tem sido pouco compreendida por muitos casais cristãos. Trata-se da questão da autoridade do homem sobre sua própria casa, começando pela relação marido e mulher (este é o primeiro nível vivido antes – e depois – da chegada dos filhos). A Palavra de Deus nos mostra claramente que a mulher, enquanto na condição de filha, estava sob a autoridade de seu pai. Esta autoridade dava ao pai o direito de validar (ou não) o voto que sua filha fazia ao Senhor:

“Falou Moisés aos cabeças das tribos dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o Senhor ordenou: Quando um homem fizer voto ao Senhor ou juramento para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua palavra; segundo tudo o que prometeu, fará. Quando, porém, uma mulher fizer voto ao Senhor ou se obrigar a alguma abstinência, estando em casa de seu pai, na sua mocidade, e seu pai, sabendo do voto e da abstinência a que ela se obrigou, calar-se para com ela, todos os seus votos serão válidos; terá de observar toda a abstinência a que se obrigou. Mas, se o pai, no dia em que tal souber, o desaprovar, não será válido nenhum dos votos dela, nem lhe será preciso observar a abstinência a que se obrigou; o Senhor lhe perdoará, porque o pai dela a isso se opôs”. (Números 30.1-5)

Agora perceba, na continuação da instrução divina sobre a questão dos votos, no texto bíblico, que o homem, ao casar-se, assume diante de Deus exatamente a mesma autoridade que o pai tinha sobre sua filha quando esta ainda vivia, como solteira, em sua casa. Ao casar-se, o marido passava então a ter a mesma autoridade de validar (ou não) os votos de sua esposa:

“Porém, se ela se casar, ainda sob seus votos ou dito irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma se obrigou, e seu marido, ouvindo-o, calar-se para com ela no dia em que o ouvir, serão válidos os votos dela, e lhe será preciso observar a abstinência a que se obrigou. Mas, se seu marido o desaprovar no dia em que o ouvir e anular o voto que estava sobre ela, como também o dito irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma se obrigou, o Senhor lho perdoará. No tocante ao voto da viúva ou da divorciada, tudo com que se obrigar lhe será válido. Porém, se fez voto na casa de seu marido ou com juramento se obrigou a alguma abstinência e seu marido o soube, e se calou para com ela, e lho não desaprovou, todos os votos dela serão válidos; e lhe será preciso observar toda a abstinência a que a si mesma se obrigou. Porém, se seu marido lhos anulou no dia em que o soube, tudo quanto saiu dos lábios dela, quer dos seus votos, quer da abstinência a que a si mesma se obrigou, não será válido; seu marido lhos anulou, e o Senhor perdoará a ela. Todo voto e todo juramento com que ela se obrigou, para afligir a sua alma, seu marido pode confirmar ou anular. Porém, se seu marido, dia após dia, se calar para com ela, então, confirma todos os votos dela e tudo aquilo a que ela se obrigou, porquanto se calou para com ela no dia em que o soube. Porém, se lhos anular depois de os ter ouvido, responderá pela obrigação dela.”. (Números 30.6-15)

Num dia destes, depois de realizar uma cerimônia de casamento, minha filha Lissa, com apenas nove anos na ocasião, perguntou-me porque que, em nossa cultura, é o pai que entra com a noiva para entregá-la ao noivo. Respondi a ela que o casamento é o momento em que os filhos deixam pai e mãe para unirem-se através da aliança matrimonial e formarem sua própria família. Também aproveitei para ensinar a ela que, no momento em que o pai está entregando sua filha ao noivo, a autoridade que o pai tinha sobre sua filha está sendo transferida ao marido. Estas verdades não precisam ser ensinadas somente aos maridos (e depois do casamento); deveríamos ensinar isto aos nossos filhos desde a infância, preparando-os para o relacionamento mais importante que um dia virão a ter.

Quando as mulheres ouvem falar de submissão ao marido só depois de serem adultas, provavelmente vão reagir de forma contrária ao conceito que parece ser de domínio ou controle, quando na verdade retrata proteção. A Lissa sabe que ter um pai que é seu protetor, provedor, líder e que não abusa da autoridade que tem é uma grande bênção! E desde sua infância ela está sendo preparada para que um dia esta autoridade (abençoadora e não-abusiva) do pai seja transferida ao seu marido na ocasião do casamento.

Autoridade x Autoritarismo

A Bíblia faz uma clara distinção entre a autoridade e o autoritarismo, que podemos definir como sendo o uso errado (ou abuso) da autoridade. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, autoritário é alguém “que se firma numa autoridade forte, ditatorial; dominador, impositivo”.

Assim como Deus é o cabeça de Cristo e Cristo o cabeça do homem (1 Co 11.3), com o exercício de uma autoridade abençoadora e não dominadora ou ditatorial, assim também deve ser o exercício da autoridade do marido no lar. O Senhor Jesus ensinou-nos que os valores do Reino de Deus são diferentes dos valores deste sistema mundano e dos da nossa inclinação carnal. Ele claramente advertiu-nos a não buscar dominar aos outros e nem tampouco usarmos de autoridade para sermos servidos; pelo contrário, Ele nos ensinou a exercer uma liderança servidora:

“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. (Marcos 10.42-45)

Portanto, o principal papel do homem como cabeça do lar é servir sua mulher (e depois – e também – aos seus filhos). Claro que isto envolve dar direção e tomar decisões, só não envolve abuso, tirania e falta de respeito. Quando Pedro escreveu aos presbíteros, que eram os líderes responsáveis pelo governo das igrejas locais (1 Tm 5.17), mostrou como deveriam exercer a autoridade que Deus lhes confiou:

“Nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho”. (1 Pedro 5.3)

Governar não é dominar, é conduzir por meio de respeito (não de mera imposição). Alguns maridos não entendem a posição dada por Deus à mulher de ajudadora (falaremos mais sobre isso adiante) e agem como se elas não devessem dar opinião alguma sobre nada. A verdade é que o homem deve aprender a ouvir sua esposa e que, o próprio Deus, certa ocasião teve que orientar a Abraão, o pai da fé, a fazer isso:

“ Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência”. (Gênesis 21.12)

Se ser o cabeça do lar envolvesse tomar decisões sozinho, sem consultar a esposa, Deus jamais teria trazido esta orientação! Falaremos mais sobre isto ao falar dos deveres das esposas, que envolve ser uma ajudadora.

O governo espiritual do lar

Ser o cabeça do lar envolve conduzir não apenas as questões naturais da vida familiar, mas também (e principalmente) o governo espiritual do lar. Ao falar sobre as qualificações necessárias para quem deseja o episcopado, o apóstolo Paulo fala sobre a importância de, antes de desejar governar a casa de Deus, governar bem a própria casa:

“E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?”. (1 Timóteo 3.3,4)

Ao dar as mesmas orientações a Tito, o apóstolo deixa claro que os filhos não devem apenas ser bem educados por seus pais, mas devem ser crentes! Esta característica revela uma família que é governada espiritualmente:

“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados”. (Tito 1.5,6)

O chefe de família deve conduzir sua casa no temor do Senhor. Isto não é missão apenas de um candidato ao ministério, mas de todo cristão! Porque o ministro deve servir de exemplo, dele é requerido o modelo que os demais cristãos devem seguir (1 Tm 4.11). Preparei um capítulo, dentro desta seção, intitulado “A Vida Espiritual da Família”, onde detalho esta questão do governo espiritual do lar. Portanto, aqui faremos apenas menção deste aspecto do dever do marido de governar, também no quesito espiritual, a sua família.

O “espírito de Jezabel”

Há um espírito (leia-se “atitude” ou “comportamento” – embora eu creia que há, de fato, um espírito maligno que instiga esta forma de agir) que tem trazido muita destruição nos matrimônios – e também nas igrejas – que quero chamar de “espírito de Jezabel”.

A razão de assim denominá-lo é porque vejo que, na carta à igreja de Tiatira, o próprio Senhor Jesus também o fez. Na carta à igreja de Pérgamo ele menciona o conselho de Balaão (Ap 2.14) e o quanto isto foi nocivo a Israel. Ao referir-se a esta mulher como Jezabel, penso que Ele não falava de seu nome literal, mas de como a sua atitude reproduzia o comportamento de uma das mais abomináveis personagens na narrativa bíblica.

“Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”. (Apocalipse 2.20)

Jezabel, na Bíblia, é um “modelo” que não deve ser seguido – tanto na questão do governo do lar como na vida espiritual:

“Ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o instigava”. (1 Reis 21.25)

O rei Acabe, do ponto de vista espiritual, foi um dos piores reis que Israel teve. Mas ninguém conseguiu ser pior do que ele em algo: “se vender para fazer o que era mau perante o Senhor”. Entendo, com esta expressão “se vender” que Acabe tinha valores que sabia que estava rompendo. Ele não estava apenas na ignorância e cegueira espiritual. Acabe se vendeu diante da pressão de Jezabel e de suas propostas. Ela, além de dominante, era manipuladora. Basta ver o ocorrido no assassinato de Nabote:

“Então Acabe veio para sua casa, desgostoso e indignado, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara; pois este lhe dissera: Não te darei a herança de meus pais. Tendo-se deitado na sua cama, virou a rosto, e não quis comer. Mas, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Por que está o teu espírito tão desgostoso que não queres comer? Ele lhe respondeu: Porque falei a Nabote, o jizreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Ele, porém, disse: Não te darei a minha vinha. Ao que Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jizreelita.” (1 Reis 21.4-7)

Na verdade, há momentos em que Acabe parecia um menino mimado e Jezabel age como se fosse sua mãe. A pergunta que ela faz “Governas tu agora no reino de Israel?” significa mais ou menos o seguinte: “quem é que manda aqui? Nabote ou você?”. Mas a atitude dela de resolver a situação expressa a seguinte mensagem: “se você não é homem para resolver isto, deixa que eu faço isto por você”… E 1 Reis 21.8-14 narra como Jezabel ordena que um falso testemunho seja levantado contra Nabote para que ele seja apedrejado e, depois de morto, sua vinha fosse confiscada. Jezabel é o exemplo de uma mulher dominante, manipuladora e instigadora que controlou a vida de seu marido, levando-o para longe de Deus e de Sua Palavra.

Não se deixar manipular

Apesar de inicialmente falar de uma mulher específica, Jezabel, a abordagem bíblica sempre foi clara no sentido de que o homem tome cuidado e não se deixe manipular por mulher alguma. A mulher não precisa gritar ou tentar convencer o homem a fazer algo à força. Não creio que Eva precisou de nada disto para convencer Adão a comer do fruto proibido. As mulheres tem seu charme, suas habilidades de persuasão e influência e, várias vezes vemos exemplos disto na narrativa bíblica:

“Para que não faças aliança com os moradores da terra; não suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes sacrificando, alguém te convide, e comas dos seus sacrifícios e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam que também os teus filhos se prostituam com seus deuses”. (Êxodo 34.15,16)

O Senhor Deus trouxe estas advertências porque sabia muito bem que isto iria acontecer. Como ocorreu várias vezes na história de Israel; o exemplo clássico se deu sob o o que é chamado de “o conselho de Balaão” (Nm 31.16):

“Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas”. (Números 25.1,2)

Podemos olhar para a vida de Sansão e perceber que, embora homem algum pudesse “dobrá-lo” à força, as mulheres faziam isto com uma simples frase de chantagem emocional: “Ah, você não me ama! Se me amasse não faria assim”… Veja o exemplo do ocorrido, primeiro com a mulher filistéia com a qual ele se casou e, depois, com Dalila:

“Ao sétimo dia, disseram à mulher de Sansão: Persuade a teu marido que nos declare o enigma, para que não queimemos a ti e a casa de teu pai. Convidastes-nos para vos apossardes do que é nosso, não é assim? A mulher de Sansão chorou diante dele e disse: Tão-somente me aborreces e não me amas; pois deste aos meus patrícios um enigma a decifrar e ainda não mo declaraste a mim. E ele lhe disse: Nem a meu pai nem a minha mãe o declarei e to declararia a ti? Ela chorava diante dele os sete dias em que celebravam as bodas; ao sétimo dia, lhe declarou, porquanto o importunava; então, ela declarou o enigma aos seus patrícios”. (Juízes 14.15-17)

“Então, ela lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força. Importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar. Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem”. (Juízes 16.15-17)

A frase “se você me amasse não agiria assim” teve mais força sobre Sansão do que toda força física que o Senhor pudesse ter manifestado em sua vida. O homem tem o dever primário de assumir o governo do lar sem se deixar ser manipulado. É lógico que, parte da função de ajudadora da mulher é auxiliar o marido a tomar decisões com bons conselhos. Mas toda tentativa de controle e manipulação deve ser firmemente resistida!

O HOMEM DEVE AMAR A SUA ESPOSA

O primeiro conceito que quero abordar aqui é que amar é mais do que sentir algo. É decidir doar-se! Se o amor (em especial o conjugal) fosse algo meramente espontâneo – como é o conceito de paixão que muitos possuem – não haveria a necessidade de recebermos uma ordem divina acerca de amar a esposa. Se Deus ordenou (e então somos obrigados a obedecer) amar é porque podemos fazer isto por escolha, por decisão. Gosto de uma declaração de John Stott que exprime bem isto: “O amor cristão não é vítima de nossas emoções, mas servo de nossa vontade.”

Eis o mandamento divino:

“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra”. (Efésios 5.25)

Observe que o padrão estabelecido por Deus é de que o marido não apenas ame a sua esposa, mas faça isto dentro do mais alto padrão de entrega: “como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Portanto, para entender como o homem deve amar a sua esposa, é necessário refletir sobre o modo como Cristo amou a Igreja.

Em primeiro lugar, e destacando a ideia de que o amor é mais do que um sentimento involuntário, é importante lembrar em que condição Jesus amou a Sua Igreja. Nós não O amávamos; as Escrituras declaram que hoje “nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Nosso amor é uma retribuição ao amor d’Ele, e não o contrário. Na verdade, a Palavra de Deus ressalta que fomos amados por Ele quando ainda éramos seus inimigos (Rm 5.8-10)! Portanto, o marido não deve apenas amar a sua esposa se ela estiver demonstrando grande afeto ou paixão por ele ou somente se ela estiver sendo uma “boa esposa”. Ele decide amar e a “conquista” com seu amor!

A Bíblia diz que a fé opera pelo amor (Gl 5.6). O amor nos faz enxergar o que a pessoa ainda não é – o que ela se tornará como fruto de todo investimento de amor feito. Foi exatamente isto que Jesus fez por nós e este é o padrão que devemos repetir. Por conta deste inquestionável princípio bíblico, concordo com o que Charles Stanley disse: “Quando um homem ama sua esposa corretamente ela se torna mais do que ele sonhou e muito além do que ele merece."

Em segundo lugar, o texto bíblico diz que Jesus “a si mesmo se entregou por ela”. O amor, portanto, é uma entrega sacrificial, uma doação de si mesmo! Este é o conceito bíblico do amor. Jean Anouilh afirmou: “O amor é, acima de tudo, a doação de si mesmo”. Porém, as Sagradas Escrituras já ensinavam esta verdade muito tempo antes…

O bem de quem amamos deve ser promovido ainda que em detrimento de nós mesmos. Isto é amor sacrificial. É dar atenção mesmo quando cansado. É abrir mão de algo importante em favor do cônjuge. É agradar ao outro, não a si mesmo.

O conceito de alguns maridos é que amar a esposa é dar-lhe presentes. Os presentes podem expressar o amor e carinho, mas amar é muito mais do que isto! Creio que foi diante deste princípio que J. Blanchard declarou: “É mais fácil dar qualquer coisa que tenhamos do que dar-nos a nós mesmos.”

O amor também tem a ver com a atitude de respeitar, de tratar bem:

“Maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente”. (Colossenses 3.19 – TB)

Outra versão diz o seguinte: “Marido, ame a sua esposa e não seja grosseiro com ela” (Cl 3.19 – NTLH). O apóstolo Pedro ensinou sobre a atitude de consideração e honra que o marido deve ter para com a sua esposa:

“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações”. (1 Pedro 3.7)

Quando leio a afirmação de Pedro acerca da mulher como parte mais frágil, recordo-me de uma advertência clara que minha esposa Kelly me deu quando estávamos para nos casar. Ela olhou bem nos meus olhos e disse: “Pense num vaso de porcelana chinesa. Imagine um vasinho bem frágil que você nem pode apertar muito”. Quando respondi que havia visualizado o tal vaso em minha mente, ela me disse: “Este vasinho delicado sou eu. É o que você está levando para casa ao casar-se comigo!”

É desnecessário dizer que, muitas vezes ao longo destes anos de casado, faltou-me esta consideração do vaso mais frágil. Às vezes numa discussão, outras na forma errada de falar e ainda outras pela minha insensibilidade às emoções de minha esposa. Não digo que nunca errei e nem que você não vai errar em relação a isto. Mas a questão é como lidamos com isto quando erramos. Precisamos nos arrepender diante de Deus quando não amamos a esposa assim como Cristo amou a Igreja. Também precisamos nos arrepender com nossas esposas reconhecendo que falhamos e pedindo perdão a elas. E então orarmos e nos policiarmos para não viver sempre tropeçando na mesma área, pois é preciso crescer e se deixar ser transformado pela ação do Espírito Santo.

Amar a esposa é importar-se com ela (e com o que é importante para ela). Elie Wiesel afirmou que “o oposto do amor não é o ódio, e sim a indiferença”. Fico abismado com a atitude de muitos maridos com quem já conversei e aconselhei; muitos deles acham que estão amando suas esposas pelo simples fato de não as odiarem ou não se incomodarem de viver junto com elas. É um absurdo, mas infelizmente é verdade!

Precisamos crescer nesta área. E meditar na definição bíblica do amor que devemos manifestar uns pelos outros:

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13.4-7 – NVI)

O HOMEM DEVE SER AMANTE DE SUA ESPOSA

Quero fazer uma distinção entre o dever do homem de amar sua mulher (o que envolve o carinho, apreço, dedicação, cuidado e valorização) e de ser amante de sua mulher (o que conota a expressão física do amor, da intimidade e vida sexual do casal). Aliás, o versículo bíblico que usamos como base deste ensino sobre os deveres tem uma aplicação dirigida à vida sexual do casal:

“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher”. (1 Coríntios 7.3,4)

Uma verdade a ser destacada é que o prazer da esposa no ato sexual depende da decisão, sensibilidade e dedicação do marido. Diz o ditado antigo que, em matéria de prontidão sexual, o homem é como um fogão à gás (com acendedor automático e estoque ilimitado de gás) e a mulher é como um fogão à lenha. O casal australiano Alan e Bárbara Pease (autores do livro “Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor” – Editora Sextante) afirmam o hipotálamo (região neurológica ligada ao apetite sexual) do homem chega, em alguns casos, a ser dez vezes mais desenvolvido que o da mulher.

Esta diferença de facilidade ou prontidão em se desfrutar a plenitude do momento de intimidade física do casal, que é o orgasmo, é um problema antigo, que começou lá no jardim do Éden:

“E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.” (Gênesis 3.16)

Depois do pecado, da queda do homem, algumas consequências vieram em juízos liberados por Deus. Entre eles, o Senhor afirma que agora a mulher teria seu sofrimento aumentado na gravidez e na hora de dar à luz seus filhos; mas o Criador também afirmou: “seu desejo será para teu marido, e ele te governará”. De que tipo de desejo você acha que Deus está falando aqui? De acordo com a Concordância de Strong, a palavra hebraica traduzida neste versículo como “desejo”, é “t ̂eshuwqah”, que significa: “desejo, anseio, avidez (de homem por mulher; de mulher por homem; de animal selvagem para devorar)”. Não estamos falando de nenhum outro tipo de desejo, senão do sexual. Mas Deus declarou à mulher: “seu desejo será para teu marido, e ele te governará”.

De que governo está sendo falado aqui? Lembre-se que esta é uma palavra de maldição, de juízo, onde as coisas ficaram piores do que deveriam; e não podemos ignorar o fato de que o Senhor já havia criado o homem primeiro para governar e ser o cabeça do lar. Logo, esta expressão “ele te governará” (gosto da versão que diz “dominará”) não se refere ao governo do lar, mas significa que o desejo da mulher dependeria do homem para ser ou não satisfeito.

Penso que foi neste momento que esta diferença de apetite (e prontidão) sexual ficou estabelecida. Deus estava dizendo à mulher que, na questão do seu desejo sexual, a decisão dela desfrutar isto ou não dependeria da escolha, da decisão do seu marido. Ao longo da existência humana, muitos maridos (senão à maioria) negaram – às vezes até por ignorância – o prazer às suas esposas.

Os maridos devem saber trabalhar esta questão. Muitas vezes não semeiam nada durante todo o dia e depois querem a colheita antes de irem dormir. Aprendi quando ainda recém-casado que o casamento é algo parecido com um banco; para “sacar” você primeiro tem que “depositar”. Paparicar sua esposa com elogios, atenção, palavras carinhosas, gentilezas (que é a forma das mulheres de receberem amor) poderá ajudá-lo muito a conquistar a inspiração de sua esposa para um excelente momento de sexo (que é a forma do homem de receber amor). Lembre-se que antes do clímax, vem o clima!

O HOMEM DEVE SER O PROVEDOR DE SUA ESPOSA

Outro dever importante dos maridos está relacionado ao quesito provisão. O homem deve ser o provedor das necessidades da mulher (e de toda a sua casa):

“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo”. (Efésios 5.28-30)

Ao falar de alimentar e cuidar da esposa, o apóstolo Paulo não está falando que o homem tenha que cozinhar ou dar a comida na boca de sua esposa. Fala do seu papel de trazer ao lar a provisão como uma expressão de seu cuidado por ela.

A mulher, quando ainda solteira, tinha na pessoa de seu pai, o provedor. No entanto, quando um casal contrai a aliança nupcial, estão (os dois) deixando pai e mãe para unir-se e tornarem-se uma só carne (Gn 2.24). Salvo raríssimas exceções, em situações realmente imprevistas e temporárias, nenhum casal deveria depender financeiramente dos pais. É necessário que haja autonomia!

O cordão umbilical deve ser cortado na questão material e financeira (além da questão do governo do lar). Portanto, mesmo antes de casar-se, o homem já deve ser responsável e ter condições de oferecer suprimento ao lar. Veja o que o livro dos conselhos da sabedoria – Provérbios – diz acerca disto (em duas diferentes versões):

“Cuida dos teus negócios lá fora, apronta a lavoura no campo e, depois, edifica a tua casa”. (Provérbios 24.27)

“Não construa a sua casa, nem forme o seu lar até que as suas plantações estejam prontas e você esteja certo de que pode ganhar a vida”. (Provérbios 24.27 – NTLH)

A omissão (deliberada) do cuidado natural de provisão para com a família é um pecado muito grave:

“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. (1 Timóteo 5.8)

Quando Paulo fala de cuidado, o contexto é justamente o cuidado material. Qualquer pessoa tem obrigação de cuidado para com seus familiares, mas a posição do homem como provedor o coloca numa condição de maior responsabilidade. Isto não quer dizer que ele tenha a obrigação de atender todos os caprichos da esposa ou dos filhos, nem que tenha que ser rico, mas suprir o essencial.

Há muitas situações em que a mulher também trabalha fora e coopera com a sustento. Não creio que isto seja errado desde que o cuidado e criação dos filhos não seja comprometido (o que, infelizmente, não tem acontecido com muitos casais que trabalham fora). Também não vejo problema no fato da esposa, que também trabalha fora, ganhar mais que o marido pois, se por um lado ele tem a responsabilidade de suprir a casa, por outro lado nada o impede de ser ajudado. Errado é trocar papéis – coisa que está acontecendo cada vez mais ultimamente – e o homem ficar em casa enquanto a mulher traz o sustento. Embora eu acredite que se é correto a mulher ajudar o marido a trazer o sustento do lar, também é correto que o marido a ajude com os filhos e as tarefas da casa. Porém, um acordo de cooperação mútua não deve levar o casal a trocar suas responsabilidades e deveres.

O HOMEM DEVE SER O PROTETOR DE SUA ESPOSA

Mencionei antes que, quando Deus criou o homem e o estabeleceu no Éden, deu-lhe duas funções: lavrar e guardar o jardim.

“Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Édem para o lavrar e guardar.” (Gênesis 2.15)

Portanto, concluímos que, mesmo antes de criar a mulher e instituir a família, o Criador definiu o papel do homem como provedor do lar (quem lavra o jardim para dele extrair o sustento) e protetor de sua família (quem guarda de qualquer ameaça o jardim).

Agora vamos pensar em que tipo de proteção o Senhor tinha em mente quando deu esta ordem a Adão. Quem mais havia no jardim? Ninguém! Nem mesmo Eva ainda havia sido criada e o homem está literalmente sozinho no Éden. É evidente, portanto, que Adão deveria proteger sua esposa do ataque maligno de Satanás (chamado pelas Escrituras de a “antiga serpente” – Ap 12.9).

Quando se fala de proteção, muitos machões pensam só no aspecto físico desta responsabilidade e já se imaginam dando uma surra em quem “mexer” com sua mulher. Mas o dever do marido de proteger sua esposa (e filhos) começa pela responsabilidade de exercer devidamente seu papel de governo espiritual e estender cobertura de oração pela sua casa. Também envolve o papel de ensinar sua casa a andar na Palavra de Deus e, assim, protegê-los da influência do mundo e do pecado (Dt 6.7 e 1 Co 14.35). Além da proteção espiritual, penso que o homem ainda deva proteger sua esposa no âmbito emocional, sem excluir a proteção física. Agrada-me a idéia de ser o guarda-costas de minha esposa e estar disposto até mesmo a “levar bala por ela”.

Se temos que amar a esposa como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25), cuidar da esposa como Cristo cuida da Igreja (Ef 5.29), então a lógica me leva a concluir que não há como ignorar o fato de que, se Jesus protege a Sua Igreja (Mt 16.18), devemos proteger nossas esposas!

Autor: Luciano P. Subirá.

sábado, 21 de maio de 2016

O Lar: O Lugar da Mulher

Por Charity Darlene Gardner

O lugar da mulher é uma questão fortemente debatida. Essa é uma questão importante porque todo mundo é influenciado pelas mulheres e pelo papel que essas mulheres desempenham em sua vida. Henri F. Amiel disse: “A mulher é a salvação ou a destruição da família. Carrega seu fardo nas dobras do seu manto”. A mulher não só carrega do fardo da família em suas mãos como também a história descansa em seus braços. As crianças que nascem das mulheres em todo mundo hoje farão a história um dia. Portanto, vemos a necessidade que cada uma de nós tem de decidir se o lugar da mulher é o lar ou se não tem nenhuma importância se ela decide deixar o lar. Penso que isso será válido para nós enquanto relembramos, se observarmos nesse aspecto, que “quando o coração deseja, encontra milhares de maneiras, mas, quando não deseja, encontra milhares de desculpas”. São muitas as razões que as mulheres dão para deixar o lar, e muitas delas são superficialmente convincentes. Hoje em dia, a maior parte das meninas e jovens está sendo levada a acreditar nessas desculpas. Uma dessas razões errôneas para deixar o lar é de que as mulheres não podem ser úteis e felizes, sentimento de utilidade, se permanecem no lar. Outra desculpa comum é de que seria um desperdício de vida, educação e habilidades físicas e mentais da mulher gastar sua vida no lar. As mulheres que precisam de uma boa razão para permanecer fora do lar sempre colocam sua saúde em evidência. Essas mulheres ouvem histórias ou rumores de mulheres que sofrem de falta de saúde, física e mental, devido ao trabalho árduo, a rotina que nunca termina e falta de estímulo mental, tidos como desperdício de um longo período no lar. As mulheres que trabalham fora também precisam explicar o porquê deixam suas famílias. As esposas que trabalham fora dirão “meu marido fica fora de casa durante o dia. Não preciso ficar lá”. As mães que trabalham fora explicarão que seus filhos precisam aprender a ser “independentes” ou que alguém mais pode fazer o excelente trabalho de criar seus filhos e cuidar de seu lar. Há uma pequena porção de mulheres que trabalham fora que acreditam que sua família realmente precisa delas. Acreditam que gastar tempo com suas famílias antes e depois do horário de trabalho é o bastante para satisfazer suas necessidades. A maior parte das mães que trabalham fora concordará com Brenda Hunter, uma antiga feminista, quando disse: “Acredito sinceramente que eles (seus filhos) não seriam feridos porque persegui realização pessoal através de minha carreira de instrutora”. A desculpa mais popular usada pelas mulheres que trabalham fora é a necessidade de dinheiro. Fazendo dinheiro, acreditam que podem prover um tipo de vida melhor a suas famílias e seus filhos com um número maior de oportunidades. Infelizmente a sociedade tem vagarosa mas seguramente mudado na valorização de uma mulher não pelo que ela é mas por aquilo que ela ganha”. Por em prática a crença de que as mulheres deveriam trabalhar fora de casa tem efeitos sobre nós mesmos, sobre as outras pessoas, lares, sociedade e sobre a história. Quando observamos os resultados de mulheres que trabalham fora de casa, é fácil pensar apenas nela, a mulher. Para ser franca, precisamos considerar não só ela, mas também aqueles a quem sua ausência afeta.

Primeiro veremos ela. Numa primeira observação, parece que o resultado mais importante para uma mulher trabalhar fora de casa é que ela tem mais dinheiro. Teoricamente, teria roupas novas, tapeçaria nova, mobília mais moderna e qualquer coisa a mais que ela queira. Sempre constatamos o fato de que mulheres que trabalham fora também têm mais contas a pagar, tal como babá, alguém para lavar e passar roupas e talvez alguém para limpar sua casa. Ajuntar mais dinheiro também abre portas para as mulheres fumarem, beber vinho e outras bebidas fortes e comer fora muito mais vezes do que em casa. Todas essas coisas podem ser nocivas à saúde. Trabalhar fora de casa também tem levado muitas mulheres a serem infiéis a seus maridos. Se pararmos e olharmos a nossa volta, podemos ver o efeito que a infidelidade tem sobre lares e vidas. O trabalho fora de casa também falha ao dar às mulheres um escape para rotinas e exigências que estão ligados a ficar em casa. Os trabalhos fora de casa têm transformado as mulheres em máquinas que cumprem diariamente sua quota de produção. As feministas freqüentemente desculpam-se por trabalhar fora dizendo que permanecer no lar causa depressão. Maggie Scarf, que escreveu o livro Unfinished Business (Negócio não-terminado), refuta essa desculpa. Com base nas descobertas da Yale Depression Unit, diz que as esposas que trabalham fora e as que trabalham no lar estão igualmente suscetíveis a serem depressivas. É interessante notar que ela também identificou que maridos de mulheres que trabalham fora são mais vulneráveis à depressão do que maridos de donas-de-casa. Para mim, parece que o local de trabalho oferece um sonho dourado para as mulheres, mas esse sonho não é a realidade. Trabalhar fora de casa também roubará a paz mental da mulher. Culpa, preocupação e infelicidade geralmente acompanham uma mulher que trabalha fora. Não importa o que as mulheres que trabalham fora digam sobre o quanto é correto deixar seus lares e famílias, a maior parte delas luta com a culpa. Como colocou um autor, “o esforço aqui é claramente interno. É a elas mesmas que procuram convencer acerca da pureza de seus motivos, da justiça de suas ações, enquanto todos os seus instintos tentam convencê-las de que estão fazendo algo errado”. É a felicidade que a maior parte das mulheres que trabalham fora professam, mas é o oposto que se observa em suas vidas. Uma mãe que trabalha fora confessou, “é difícil estar feliz com minha vida quando estou tão preocupada com meus filhos”. Ainda que essas mulheres não tenham filhos, é difícil para elas estarem inteiramente felizes quando não estão fazendo aquilo para o qual foram feitas. Além da culpa e da infelicidade, a preocupação persegue as mulheres que trabalham fora, especialmente as mães. Uma feminista convertida disse, “achei difícil esquecê-la (meu bebê) e empregar todas as minhas energias em direção ao trabalho. Preocupava-me com o seu desenvolvimento e com a qualidade do cuidado que receberia na minha ausência”.

Algumas mulheres poderiam sacrificar sua paz de espírito se isso fosse a única coisa necessária a ser sacrificada para trabalhar fora de casa, mas precisamos pensar nos filhos de mães que trabalham fora de casa. Os filhos de mães que trabalham fora devem estar prontos para dizer ou perguntar à “mamãe” tudo o que querem nos poucos minutos quando elas os acordam ou quando elas os colocam na cama. Com apenas um pouco de senso comum e experiência, percebemos que isso não é possível. Se uma mãe vai trabalhar fora, ela vai ter de abrir mão de uma grande quantidade de tempo que passa com seu filho. Uma mãe, que trabalhava fora, disse: “Se você me perguntar sobre o que tive de desistir quando voltei a trabalhar, diria que foram minhas conversas com Sally (a filha dela). Mães que trabalham fora também têm pouco tempo, se de fato tiverem algum, para aproveitar com seus filhos. “Na maior parte do tempo, fico gritando ordens para eles, porque agora eles têm mais tarefas domésticas para fazer e, ainda assim, eles não são produtivos como deveriam ser”, foi assim que uma mãe que trabalhava fora descreveu seu tempo em casa. Parece que o pouco tempo em que a mãe está em casa não é muito agradável para a família.
Quando a mãe deixa o lar, leva a segurança do filho com ela. Um autor bem conhecido, C. S. Lewis, cuja mãe morreu antes dele atingir a adolescência, definiu sua infância depois da morte de sua mãe da seguinte maneira: “Com a morte da minha mãe toda a felicidade estabelecida, tudo que era tranqüilo e confiável, desapareceu da minha vida. Havia muito divertimento, muitos prazeres e fortes sentimentos de felicidade; mas a velha segurança se foi. Ficaram só ilhas e mar, o grande continente afundou como Atlantis”. Uma mulher adulta, cujo pai morreu e cuja mãe trabalhara em período integral, disse que seu principal sentimento ligado à infância é solidão. “Mesmo agora”, ela diz, “eu me lembro distintamente do modo frio que me envolvia quando eu destrancava a porta da frente no apartamento escuro”. “Não importava o quanto ensolarado e quente o tempo estivesse lá fora”, ela continua, “a atmosfera de nossa casa vazia era sempre escura e intimidante”. Uma criança é ferida pela falta de sua segurança. Apesar de tudo aquilo que as mães que trabalham fora tentem fazer para disfarçar suas ausência diárias, o número de suicídios na adolescência aumentou. Um adulto órfão de pai, cuja mãe trabalhava fora, relatou: “Apesar de minha mãe telefonar-me para perguntar sobre o meu dia, a ligação dela não me tornava amado e aquecido como um passe de mágica”. Por fim, essas crianças que se tornaram independentes prematuramente, geralmente experimentam drogas e outras coisas perigosas. Parece-me que o custo para as mães que trabalham fora ultrapassa os benefícios. Ganhar mais dinheiro compensa perder sua família? Os sentimentos de realização e satisfação que as mães dizem sentir no trabalho se igualam aos sentimentos de medo e insegurança de seus filhos? Antes de podermos dizer conclusivamente que a mulher pertence ao lar, precisamos determinar a importância de seu trabalho para o lar. Muitas pessoas, incluindo mulheres, consideram que o trabalho doméstico inclui apenas lavar, passar, cozinhar, limpar a casa, verificar se todos estão bem vestidos e com as orelhas limpas. Se isso fosse verdade, uma mulher poderia deixar seu lar desde que outra pessoa cumprisse essas responsabilidades em seu lugar. Contudo, para surpresa de muitos, isso não é verdade. As altas exigências para o trabalho descrevem a importância da posição. O lugar da mulher pode ser ocupado apenas pela mulher, e não por qualquer mulher. O mais sábio dos homens, Salomão, disse que o preço da mulher virtuosa está muito além dos rubis. Mulheres virtuosas são raras, mas, para ficar em casa e fazer bem o seu trabalho, uma mulher tem de ser virtuosa. Ao contrário de uma secretária, a construtora de um lar deve ser compreensiva vinte e quatro horas por dia. Uma dona de casa precisa ser sinceramente amável de alvorecer a alvorecer, e não das oito da manhã à seis da tarde com uma hora de almoço. É de vital importância também que a mulher do lar seja sábia. Como a Bíblia diz: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos”. Ainda na Bíblia, Tito, capítulo dois, versículos quatro e cinco, dá-nos uma lista do que Deus espera de uma mulher. Diz que a velha mulher deve ensinar a jovem mulher a ser sóbria (sóbria na mente; moderada), a amar seu marido e seus filhos, a ser discreta (auto-controlada; calma), casta (limpa; inocente pura), mantedora do lar (caseira; domesticamente inclinada), boa e obediente ao marido...”. Como você provavelmente vai dizer, essas qualidades não são fáceis de se obter e de se manter. Por último, mas não menos importante, uma mulher deve ser corajosa para desempenhar sua posição na casa. A tarefa exige coragem não apenas para ficar em casa e enfrentar os problemas que ali aparecem, mas exige coragem também, e muita, para admitir publicamente que você é uma construtora de lar. Como vimos, as exigências para a dona de casa são muito maiores que as exigências de qualquer trabalho fora de casa. Agora voltamos à questão: o lugar da mulher no lar é realmente importante? As exigências para o trabalho dizem que ele é importante, mas o trabalho em si realmente importa? A Bíblia diz que sim. Nem todo mundo percebe que a posição da mulher existe desde antes da queda do homem. Antes do pecado vir ao mundo, Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele”. O Gênesis, continuando, diz como a mulher foi feita para satisfazer as necessidades do homem. Então, a posição da mulher no lar não é uma punição por um pecado que ela cometeu. A história nos mostra que o que acontece no lar faz a diferença. Jonathan Edwards, que foi um homem de Deus, construiu com sua esposa um lar de Deus. Das mil trezentos e noventa e quatro pessoas estimadas das quatro gerações depois de Sr. e Sra. Edwards, catorze foram professores universitários, cem foram ministros do Evangelho, sessenta foram médicos, sessenta foram autores e editores e mais de cem deles se tornaram advogados e juízes. Contraste essa família e seus descendentes com a família de um ateu bem conhecido, que viveu na mesma época de Jonathan Edwards. Das mil e duzentas pessoas produzidas até a quarta geração desse homem que negava Deus, quatrocentos deles se arruinaram fisicamente, trezentos e dez se tornaram muito pobres, cento e cinqüenta foram criminosos e sete cometeram assassinatos. Embora a mulher não seja totalmente responsável pelo que acontece no lar e pelo modo como as crianças crescem, existem muitos casos em que crianças são educadas a temer a Deus, mesmo se o marido não é um cristão. O mundo pode tentar diminuir a importância do lar, mas a história revela a grande influência que o lar tem sobre o mundo. A mulher doméstica passa muito tempo em casa, e ela pode determinar muito do que acontece lá. Junto com o trabalho manual exigido para manter um lar, a mulher pode nutrir a boa saúde física e mental em sua família. Dieta, exercício e repouso, todos contribuem para a boa constituição de uma pessoa, e a mulher faz muito para determinar que tipo de dieta, a quantidade de repouso e de exercício sua família recebe.

 A dona de casa pode também manter uma atmosfera saudável para aumentar a saúde mental. Uma dose moderada de humor, a visão correta do mundo e bons valores no lar direcionam o modo de pensar e agir das pessoas dentro e fora de casa. Vai ajudar a todos os membros da família, se a mulher da casa tiver ouvido compreensível, atitude paciente e solidária, palavras de encorajamento e crítica educacional em sua caixa de ferramentas. É importante a maneira como um lar é constituído, porque as pessoas refletem os lares nos quais vivem. As crianças são uma parte importante de muitos lares, e a influência que a mãe exerce sobre seus filhos é, às vezes, despercebida. Pode-se dizer que crianças são espelhos refletindo suas mães e seus lares. Abraham Lincoln é reconhecido por seu gosto pela leitura e até aonde ele ia para satisfazer esse prazer. Poucas pessoas percebem que por trás de seu gosto pela leitura havia uma mãe que andava milhas para conseguir-lhe um livro. Foi dito na história recente que: “... a influência que é exercida sobre a mente nos primeiros oito ou dez anos de existência, em grande extensão direciona os destinos da mente por muito tempo e até mesmo pela eternidade”. Thomas A. Edison percebeu isso, pelo menos até certo ponto, quando disse: “Minha mãe me fez”. Lamartine, um poeta francês, reconheceu também a influência que sua mãe teve sobre ele: “Minha educação foi totalmente centrada no olhar, mais ou menos aberto, de minha mãe. As rédeas de meu coração estavam em suas mãos ... eu bebi profundamente da mente de minha mãe; e li através de seus olhos; vivi através da vida dela”, ele disse. Assim como um mãe pode influenciar um filho para o bem ela pode influenciá-lo para o mal. Seria interessante fazer um estudo sobre criminosos e suas mães. À medida que uma mãe se importa com seu filho, limites se desenvolvem, a falta desses limites freqüentemente causa depressão ou uma grande tendência para drogas, etc.... Esse é um outro modo pelo qual mães que trabalham fora exercem influência negativa sobre seus filhos.

Uma babá pode ter capacidade para cuidar das necessidades físicas de uma criança, mas crianças precisam de mais do que alimento, roupas ou um lugar para dormir. Crianças precisam de segurança. Mães são a principal fonte dessa segurança. Uma mãe que trabalhava fora, mas que estava convencida da necessidade de ficar em casa, disse: “vendo meus filhos crescerem, lendo para eles e ouvindo as palavras deles, percebi o quanto contribuo para os sentimentos de segurança e de bem estar deles”. As crianças também precisam aprender sobre a vida. Pelas palavras e pelos seus atos, uma mãe pode ensinar uma variedade de coisas a seus filhos, como gratidão e sinceridade. A Fé também é um presente duradouro que uma mãe pode dar a um filho, como Eunice deu a seu filho, Timóteo. A Bíblia diz: “uma mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é como podridão nos seus ossos”. Com isso vemos que a mulher da casa, sem sombra de dúvidas, afeta também seu marido. Ela pode destruí-lo bem como o trabalho dele, como Jezebel e Dalila dos tempos antigos e como muitas mulheres fazem hoje. Ela pode destruí-lo ou pode ser a companheira que deveria ser. Sara passou a vida ajudando seu marido a servir a Deus e o homem. Priscila ajudou seu marido a fazer tendas, entre outras coisas. Ainda que você não possa ajudar seu marido a fazer tendas, você pode ajudá-lo não reclamando, dando-lhe um lar para que ele deseje retornar todos os dias, estando sempre pronta a ajudá-lo, e sendo prudente com as finanças da casa . Henri F. Amiel foi sincero quando disse “que a mulher carrega o destino da família, o marido e os filhos nas dobras de seu manto”. Ficar em casa não é fácil. A mulher paga um preço por ficar em casa. Uma das grandes coisas das quais a mulher tem de abrir mão, quando se torna uma dona de casa, é gratidão. Nossas mães não estavam brincando quando diziam: “o trabalho doméstico é algo que ninguém percebe, a menos que não seja feito”. Assim como o trabalho doméstico não traz gratidão para a mulher, não lhe traz glória também. Acredito que ele traz glória a Deus, e essa deveria ser nossa meta na vida. Outra coisa que a mulher que fica em casa tem de esquecer é aprovação da sociedade. A autora de Para onde foram todas as mães? Escreveu isso muito bem: “Enquanto a mulher que faz carreira tem a aprovação da sociedade, a dona de casa recebe pena e desconsideração”. Junto com a desaprovação da sociedade, os parentes e/ou amigos de uma mulher que decide ficar em casa podem considerar que a decisão dela é errada. A vida fica definitivamente mais difícil quando aqueles que amamos discordam veementemente de uma decisão maior. Existem outros sacrifícios que uma dona de casa deve fazer. Uma dona de casa deve sacrificar a si mesma. A vida de uma dona de casa é exigente. A esposa e mãe tem de estar pronta a desistir de seu tempo sozinha, de umas poucas horas de sono extra e outras coisas que gostaria de fazer para satisfazer as necessidades de sua família. Além de se sacrificar, a dona de casa pode ter de desistir também de sua vida de solteira e de suas velhas amigas. A velha vida e as velhas amigas não podem ser considerados mais importantes do que a nova família e suas necessidades. À medida que a esposa ajuda seu marido com as finanças, a mulher tem de abrir mão de seus sonhos dourados, e de todas as conveniências que ela gostaria de ter. Esses sacrifícios parecem pequenos para você, quando você considera a importância do lugar da mulher no lar? Os benefícios que advém de uma mulher dona de casa não são necessariamente materiais, mas são valiosos. Produtividade é um dos benefícios. A mulher será mais produtiva apenas se ela fizer aquilo para que foi feita. Assim como um vagão vermelho no meio de um lago está fora de lugar, a mulher no local de trabalho também está fora de lugar. Quando todos desempenham suas funções no lar, existe paz. A paz é valiosa, pois não pode ser comprada nem com todo o dinheiro que uma mulher ganharia trabalhando. Trabalhar em casa, ao contrário de trabalhar fora, pode aumentar muito o caráter de uma mulher. O lar é o lugar para aprender a ser paciente, perseverante, controlada, gentil, assim como é o lugar para se aprender a estabelecer prioridades. Essas qualidades nunca são demais, e o melhor de tudo é que quando uma mulher cristã fica em casa ela está servindo a Deus e sendo uma boa testemunha dele . Para a mãe que se sacrifica cuidando da casa e criando seus filhos dentro dos caminhos corretos a Bíblia diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. Na terceira idade, a certeza de ter sido correto na vida é mais reconfortante do que os anos de aprovação do mundo ou dos momentos de reconhecimento do mundo. Existem exceções. A morte vem ou o inesperado acontece, e a mulher fica definitivamente como única mantedora da família. “Eu tenho que trabalhar fora”, você diz. Você realmente tem de trabalhar fora, ou será que você poderia trabalhar em casa? Costurar ou fazer artesanatos, dar aulas de musica ou culinária, etc.... são opções a serem consideradas. Trabalhar meio período, enquanto as crianças estão na escola, é uma possibilidade em certos casos. E uma ideia sábia buscar na oração nossas prioridades, antes de tomarmos a decisão sobre qual trabalho assumir. Em qual ordem de importância estão: ganhar dinheiro, criar os filhos, cuidar da casa, e Deus.

Uma mãe, que era a única fonte de renda do seu lar, achou que, se tivesse as prioridades certas, embora ela nunca teria os seus sonhos materiais, Deus forneceria suas necessidades, mesmo que o dinheiro faltasse. É difícil decidir sobre trabalhar fora ou não. Tiago, capítulo um, versículo cinco, diz: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe- á dada”. Tentamos visualizar todos os prós e contras da mulher trabalhar em casa ou fora. é obvio que uma escolha deve ser feita, e prioridades precisam ser estabelecidas. A escolha não é complicada. Essa questão ardentemente debatida pode ser colocada em preto e branco, do modo certo ou errado, em termos da Bíblia ou do mundo. Não há tons de cinza. Você não pode servir a Deus e aos homens. Lembre-se de que aquilo que fazemos hoje afeta nosso futuro. “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém” (II Pedro 3:18). Perceba, você que é solteira como eu, seria fácil dizer: “bem, eu não sou casada, então não preciso me preocupar com essas coisas”. É verdade que não temos nossos lares para cuidar ainda, mas podemos ficar prontas para eles. A jovem mulher que gosta de sair agora vai querer sair depois de casada. Uma mulher jovem rebelde será uma esposa rebelde. Não existe um “big bang” (marcante mudança) durante a solenidade do casamento, que nos transforma imediatamente naquilo que gostaríamos de ser.



BIBLIOGRAFIA A Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, São Paulo, 1/94. ABBOTT, John S. C. The mother at home. Sterling: Grace Abounding Ministries, 1984. ARNDT, Elise. A mother´s touch. Wheaton: Victor Books, 1989. HUNTER, Brenda. Where have all the mothers gone?. Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1982. MCBRIDE, Terry Lois. By his side – the woman´s place. Fort Worth: Brownlow Publishing Company, 1967. PHILLIPS, Sheree. Mothers at the heart of life. Ann Arbor: Servant Publications, 1985. PRIDE, Mary. The way home-beyond feminism back to reality. Westchester: Crossway Books, 1985. STRONG, James. Strong´s Exhaustive Concordance. Nashville: Crusade Bible Publishing. Tradução: Albano Dalla Pria 2003

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Nós mulheres...


Quando a mulher pega a linha e a agulha a fim de remendar uma camisa rasgada ela está demonstrando o seu amor.
Quando prepara uma refeição, seu amor se mistura ao alimento.
Quando pula da cama às duas horas da madrugada para alimentar seu filhinho, ela o faz com amor. Quando veste o bebê, o amor é o régio impulso.

Quando confeita um bolo de aniversário, o amor está presente.
Quando dá um pouco de leite ao gatinho sem dono, ela está abrindo suas reservas de amor.
A capacidade de amar da mulher é capaz de extrair os sentimentos mais nobres e elevados de um homem- inspirando-o, ao ponto de levá-lo a abandonar uma vida de crime. Seu amor é capaz de fazer brotar nele a esperança e renovar sua autoconfiança, fazendo-o sentir-se querido, honrado, importante e útil.
Seu aceno de adeus, quando ele vai trabalhar pela manhã, e seu caloroso abraço de boas-vindas, quando o recebe no final do dia, demonstram o seu cálido amor.
Quando o esposo sente os seus nervos abalados e apresenta sinais de exaustão, seu amor o conforta. Quando o desânimo o abate e suas esperanças e sonhos se transformam em ruinas, ela é capaz de reconstruí-los.
O mundo precisa do suave, terno e amoroso toque feminino, e o amor que está latente dentro da mulher espera apenas o homem certo para extrair o calor e a afeição dessa fonte exuberante.
“O amor do homem é uma parte de sua vida, da mulher, é toda uma existência”
<Nanci Van Pelt

Entendendo a Submissão


A submissão é conhecida desde o Éden, porém pouco compreendida até os dias de hoje.
Tudo começou com a primeira família. A obra da Criação estava incompleta até que a mulher foi criada e com ela -a família- a mais bela das instituições seria possível.

Desde a sua criação, Deus estabeleceu que a mulher seria uma COMPANHEIRA IDÔNEA ao homem . Isso a coloca em lugar de honra e de importância única e insubstituível. 
A Eva, Deus pediu que auxiliasse e honrasse a Adão, e que lhe desse filhos. E foi assim, que em Eva Deus estava determinando um padrão, um MODELO PERFEITO e inviolável a ser seguido pela mulher.
Como auxiliadora, a mulher deveria oferecer ESTRUTURA para que o homem pudesse cumprir com sucesso a sua missão. Deus criou o homem para dominar a terra, sujeitá-la, glorificando o Criador e para gerar descendentes que perpetuem o Reino de Deus. Isso coloca o homem na posição de CABEÇA, GUARDIÃO E PROVEDOR da família.
Como CABEÇA, o esposo é aquele que aponta uma direção e vai na frente abrindo caminho para a família. Ele conta com a auxiliadora e finalmente decide qual é o melhor caminho. Deus garante respaldo às decisões do líder instituído por Ele.
Como GUARDIÃO, o homem defende a sua casa de toda ameaça tanto física como espiritual. Ele responde pela família, é dele a missão de guardar, ele é o guardião da casa.
Como PROVEDOR, busca o sustento para a família, este mandamento foi dado a ele.
A mulher é parte fundamental no auxílio dessa missão. Isso se chama SUBMISSÃO.
Esse auxílio entre outras coisas, envolve apoio, e um lar harmonioso e acolhedor. Todo homem, vai precisar de um bom suporte para desempenhar bem o seu papel. Esse suporte tão fundamental para o homem é gerado pela mulher, através de coisas simples do cotidiano: palavras de incentivo, carinho, amor, apoio, uma casa cheirosa e organizada, filhos bem cuidados, assessoria em questões importantes, intercessão, etc.
Através da submissão à liderança do esposo, a mulher esta demostrando OBEDIÊNCIA ao próprio Deus, provando assim que aceita a posição dada a ela. Mais que isso, está demonstrando FÉ em Deus, aceitando seguir pelo caminho apontado pelo esposo, sabendo que assim, estará debaixo da proteção e provisão geradas por ele.
A mulher auxiliadora e submissa ajuda a decidir e administrar, mas não tem a obrigação final de liderar; ela ajuda a proteger a família, mas não tem a missão de ser guardiã; pode ajudar a prover, mas não tem a responsabilidade de ser provedora. Ou seja, a submissão gera proteção, e esse posto significa para a mulher: integridade para poder criar os filhos e cuidar do lar- sem a preocupação em ter que liderar, patrulhar ou prover.
A submissão aprendida e praticada desde a casa dos pais, que é levada para o casamento, protege e honra a essência original da mulher, coroando-a como verdadeira moça PRINCESA, e por fim, esposa RAINHA do lar.
Emoticon heart
Baseado em Gênesis 1-2, Efésios 5.

Entendendo o Amor Deles...


O amor do homem é diferente
Os homens também amam, no entanto, seu modo de amar é diferente do da mulher. São afetuosos por natureza, mesmo não sendo tão diretamente ligado às suas emoções, quanto da mulher, o amor do homem ainda é muito real. É com frequência apenas mais prático e menos romântico em suas demonstrações.
Um pai que rola pelo chão com a filhinha fazendo-a rir a valer de suas cócegas, está demonstrando seu amor paternal pela criança. Um marido demonstra seu amor quando faz malabarismos na conta bancária a fim de comprar uma lavadora de roupa para o lar, um par se sapato para o Joãozinho, ou um casaco novo para a esposa. O homem que investe num terreno está planejando para o futuro daqueles a quem ama. Uma mulher pode encarar essas coisas apenas como necessidades, no entanto, elas demonstram o desejo que o homem tem de dar, partilhar e prover. Isso também é amor.
Assim, embora poucos homens possuam a habilidade de encantar uma mulher com expressões sentimentais românticas, são capazes de demonstrar seu amor em linhas calmas e racionais. Por exemplo: um marido traz seu salário regularmente para casa, usando todas as suas entradas para satisfazer as necessidades da família. É bem provável que o fato de levantar-se às 5:30 da manhã, durante cinco ou seis dias da semana, e trabalhar o dia inteiro, não seja muito emocionante para um homem, porém, seu amor pela família é a razão básica para continuar perseverando. Os homens suportam essa rotina a vida inteira e frequentemente não pedem mais que as refeições e um abraço no momento oportuno.
Quando um homem abre a porta do carro para sua esposa, ajuda-a a entrar e sair, e segura-lhe o braço enquanto caminham, revela seu instinto protetor. Quer protege-la do perigo ou qualquer coisa que venha a ameaça-la, o que é outra característica do amor masculino.
Não importa quão rude seja a aparência de um homem, a brandura e o amor ainda estão ocultos sob a superfície. Enquanto eu lecionava numa comunidade rural, uma esposa me contou, certa vez, de como seu marido, um plantador de trigo, arava a terra que rodeava um ninho de passarinho, de maneira a não tocá-lo, para não derrubar os ovinhos. O homem é bondoso, afetuoso, amoroso e sentimental por natureza. Possui modos brandos e é capaz de ser profundamente atencioso, expressando seu amor pela família numa infinidade de maneiras.
Se bem que o amor não seja a razão de viver do homem, ele não tem condições de viver sem ele. O amor é uma força motivadora para o trabalho, levando-os a fazer planos, sacrifícios, investimentos. Leva-o a se expandir e a continuar a luta pela vida. É por amor que ele desiste de sua condição de solteiro, assina na linha pontilhada, aceita inteira responsabilidade financeira pela esposa e por todos os filhos nascidos dessa união, e abandona seu bem mais prezado – a liberdade.
Não há limites para o amor que uma mulher pode receber de um homem, quando esta aprende a abrir a porta de seu coração, pois ela tem condições de prover a atmosfera emocional adequada para que ele expresse livremente seus sentimentos e ouse compartilhar seu amor.
<Nancy Van Pelt
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